Toda sexta-feira que rumamos para o fórum lembramos do nosso orientador do DAJ (isso foi no século passado, outro dia mesmo), o professor Paulo Edson. Passava pelos estagiários na calçada esperando a kombi do DAJ - Departamento de Assistência Judiciária da Faculdade de Direito da UFMG (ah, bons tempos aqueles) e dizia balançado a cabeça: tudo que vocês não fizeram durante a semana correm para fazer na sexta. E emendava: sexta-feira não é dia de ir ao fórum. Na verdade, ir de kombi para o fórum era uma festa. Para os que ainda não sabem, o professor Paulo Edson nos deixou há alguns anos. Sofreu um enfarte no prédio da faculdade. Pouco tempo antes disso encontramos no saguão do TJ, estava amargurado e não escondeu. Toda sexta-feira quando rumamos para o fórum lembramos dele. E de uma frase bíblica, lapidar, que ele disse uma vez e nunca esquecemos, foi ao final do cursinho preparatório para a prova do DAJ: muitos serão chamados, poucos os escolhidos (Mateus, 22:14).
O que faremos agora? Daremos o veredito de ontem no STF, apesar de que, a essa hora, todos nossos informadíssimos leitores saberão de cor e salteado o resultado do julgamento, mas por dever de ofício, lá vai: os embargos de declaração de Cristiano Paz e de José Dirceu foram rejeitados por maioria de votos. Lewandowsky e Toffoli chegaram a defender a revisão da pena do ex-chefe da Casa Civil, mas foram vencidos.
Teve começo de briga entre relator e revisor? Houve, sim, mas não queremos entrar em detalhes hoje. Estamos mais espirituais hoje, influência da lembrança do professor Paulo Edson. Apenas digo que a discussão iniciada nos embargos de Genu com ironia de Barbosa foi encerrada pelo revisor com: "V.Exa. não queira me pôr intenções que não tenho. Acho deplorável, muito deplorável o cometimento de crimes." A sessão de ontem do STF terminou com o pedido de vista de Barroso nos embargos de declaração de João Cláudio Genu.
Por falar nele, Barroso, será o relator do Mandado de Segurança proposto contra a decisão da Câmara dos Deputados de não cassar o mandato de Donadon. PPS e PSDB querem anular a sessão. Os advogados foram acionados imediatamente. De norte a sul o país está em polvorosa com a decisão.
"É como a jabuticaba brasileira, não tem explicação" disse Carlos Velloso.
"Uma vergonha absoluta", disse o criminalista Luiz Flávio Gomes.
Na sabatina do Senado, ainda Donadon na pauta, Janot (indicado por Dilma à PGR) respondeu a Humberto Costa (PT-PE) sobre o fim do foro privilegiado: "Como se diz lá na minha terra, é uma faca de dois legumes. Há pontos positivos e pontos negativos e a decisão é política". Tergiversou mas deixou claro que é mesmo mineiro. Nós daqui sempre damos um jeito de falar da nossa terra. É o caráter municipalista do DNA do mineiro, já descoberto e analisado pelo professor Washington Albino. Veja, Leitor, também, o caráter agrícola e interiorano do DNA mineiro, legumes, jabuticaba, tuiuiú. Jamais verá um carioca usando tais metáforas.
Tanto é verdade que nós, ontem, lascamos um atestado de mineiridade num comentário na Revista Consultor Jurídico. Como se vê, é algo incontrolável na pessoa. Quem tiver a curiosidade veja Visão Segmentada da Advocacia em Conjur. Fizemos um comentário e uma retificação. É o comentário, ok? Vamos ferir o tema (do comentário) em breve, pra valer, sem dó nem piedade, pois estamos, os advogados, muito mal capitaneados.
Muitos serão chamados, poucos os escolhidos.
Teve começo de briga entre relator e revisor? Houve, sim, mas não queremos entrar em detalhes hoje. Estamos mais espirituais hoje, influência da lembrança do professor Paulo Edson. Apenas digo que a discussão iniciada nos embargos de Genu com ironia de Barbosa foi encerrada pelo revisor com: "V.Exa. não queira me pôr intenções que não tenho. Acho deplorável, muito deplorável o cometimento de crimes." A sessão de ontem do STF terminou com o pedido de vista de Barroso nos embargos de declaração de João Cláudio Genu.
Por falar nele, Barroso, será o relator do Mandado de Segurança proposto contra a decisão da Câmara dos Deputados de não cassar o mandato de Donadon. PPS e PSDB querem anular a sessão. Os advogados foram acionados imediatamente. De norte a sul o país está em polvorosa com a decisão.
"É como a jabuticaba brasileira, não tem explicação" disse Carlos Velloso.
"Uma vergonha absoluta", disse o criminalista Luiz Flávio Gomes.
Na sabatina do Senado, ainda Donadon na pauta, Janot (indicado por Dilma à PGR) respondeu a Humberto Costa (PT-PE) sobre o fim do foro privilegiado: "Como se diz lá na minha terra, é uma faca de dois legumes. Há pontos positivos e pontos negativos e a decisão é política". Tergiversou mas deixou claro que é mesmo mineiro. Nós daqui sempre damos um jeito de falar da nossa terra. É o caráter municipalista do DNA do mineiro, já descoberto e analisado pelo professor Washington Albino. Veja, Leitor, também, o caráter agrícola e interiorano do DNA mineiro, legumes, jabuticaba, tuiuiú. Jamais verá um carioca usando tais metáforas.
Tanto é verdade que nós, ontem, lascamos um atestado de mineiridade num comentário na Revista Consultor Jurídico. Como se vê, é algo incontrolável na pessoa. Quem tiver a curiosidade veja Visão Segmentada da Advocacia em Conjur. Fizemos um comentário e uma retificação. É o comentário, ok? Vamos ferir o tema (do comentário) em breve, pra valer, sem dó nem piedade, pois estamos, os advogados, muito mal capitaneados.
Muitos serão chamados, poucos os escolhidos.
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