Queridos leitores, estivemos ontem no TJMG, URG. Sim, também somos assustados toda vez que aparece URG nas publicações, na verdade quer dizer Unidade Raja Gabaglia e não urgente. Temos uma foto ótima do 3º CAROT, (que vem a ser cartório de recursos a outros tribunais, a sala de saída dos recursos para Brasília) que mostra os dois Brasis, o prédio luxuoso dá de cara com a comunidade, o nome politicamente correto da antiga favela.
No saguão do prédio mandaram colocar uma instalação, digo, uma obra de arte um pouco assustadora. Deveria ser uma alusão direta à justiça ou antes uma homenagem aos magistrados. Há uma balança decerto de bronze ou cobre, até aí, tudo bem. Mas envolta por uma enorme capa preta (toga) esvoaçante mas rígida, parece até a do Batman. Ainda preferimos Themis, a deusa da Justiça, com venda, sem venda e com espada. Ou mesmo aquela escultura que orna a porta do STF. Uma mulher estilizada, forte, imensa. Themis de novo. Só a toga não vale, assim, exclui-se a classe dos advogados (hora de puxar brasa para a nossa sardinha) do fazer justiça. E não estamos sós quando falamos, é a própria Constituição Federal que diz, aliás, determina: o advogado é essencial à administração da justiça ...
Os modos que faltam aos porteiros de terno das catracas sobram aos manobristas do estacionamento ao lado. Não é propaganda, de fato o aluguel do espaço é caríssimo, é que os moços desdobram-se em gentilezas, hoje até retiraram solícitos das nossas mãos os quatro volumes de processo e o casaco e levaram até o carro. Ademais, somos sempre senhorita, nunca senhora. Uma gentileza a mais. Devem ser treinados diuturnamente. E despedem-se: tenha uma boa tarde. E volte sempre. O pessoal do RH está de parabéns.
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