quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

FEB no Fórum

Ao buscar processo com vista do laudo pericial após nove anos para conseguir a perícia, (impressionante, dirão os leitores, como pode ser tal coisa? Explica-se: parte sob Assistência Judiciária (Justiça Gratuita), um perito nomeado após o outro declinando da função, um ano entre cada nomeação mais o chamado tempo morto do processo, dá nove anos), descobri duas novidades no Fórum Cível e Fazendário de Belo Horizonte (ocorreu-me a denominação agora e achei bem pertinente) e compartilho com os leitores.

A primeira por ordem de acontecimento: as maquininhas de teclas de informações processuais sumiram, foram defenestradas da vida forense. Agora pode-se ir à Vara só com o número. Lembra-se o leitor que vai às varas que sem a informação atualizada do dia podia dar meia volta (virar-se para ir embora), e ainda era admoestado com veemência pelos servidores: "Sem informação atualizada? Não tem como!" Agora pode. Veja o bravo leitor como tudo muda, tudo flui, inclusive na vida forense.

E se o advogado não se lembra em qual das quase cinquenta varas está determinado processo? Se estiver sem celular com acesso a internet no momento para consultar o site do TJMG, terá que recorrer a um auxiliar remoto para descobrir a vara, via telefone. Simples.

A segunda descoberta: uma emocionante exposição da participação do Brasil na Campanha da Itália na Segunda Guerra Mundial. Fotos a seguir. Depois desta imersão na história ali mesmo no hall interno os problemas operacionais ficam diminutos. O colega que ainda reclama do elevador, da mudança das varas, das decisões dos juízes e do tribunal no processo tal, certamente não passou pela exposição dos uniformes e fotos. Houvesse parado diante das fardas surradas estaria taciturno e reflexivo no elevador que sobe.











quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Notas das sessões

Não anotei aqui a leveza em que transcorreu a primeira sessão do ano em uma das câmaras cíveis do nosso tribunal, no fim de janeiro. Era visível que as férias haviam feito bem a ambos os lados do cancelo (que não existe mais), entenda-se a separação física existente entre advogados e juízes nas salas de sessões. A sessão esteve concorrida e o espectro de advogados era variado, entre famosos, não famosos, e os muito famosos.

Já hoje, no meio de fevereiro, caímos na normalidade. Ninguém parecia muito feliz na sessão de  uma das câmaras hoje. Anotei que ainda há advogados que agradecem reiteradamente aos desembargadores o supremo favor de ouvi-los. Notadamente os mais jovens. 

Um advogado desculpou-se pelo arroubo na tribuna em defesa de seu cliente. De fato, lá do hall envidraçado ouvia-se o advogado detalhar os resultados de uma mal sucedida cirurgia. Não sei se foi desculpado, mas teve seu pleito negado.

Talvez por isso o ar condicionado gelado dos plenários, para arrefecer os ânimos dos causídicos.

Persistência contra jurisprudência majoritária

E nquanto a nossa mais alta corte de justiça, digo, um dos seus integrantes, é tema no Congresso americano lida-se por aqui com as esferas h...