quinta-feira, 29 de novembro de 2012

São demais os perigos dessa vida


Recebemos hoje telefonema de leitor, exasperado quase pela ausência daquelas mensagens com as quais amolo diuturnamente os mais chegados. O que houve? - quis logo saber. Mas foram apenas três dias, disfarço. Digo ou não a verdade verdadeira ao nosso ardoroso leitor? É que, infelizmente, ainda não desenvolvemos o dom da ubiquidade. Como dizem na minha terra: “não chega pra quem quer”. Assim, temos que nos economizar, “tô me guardando pra quando o Carnaval chegar” (Chico, sempre, Buarque). 

Enquanto descansamos carregamos pedras, de fato não houve descanso após a campanha e a eleição, o que foi realmente uma pena. Sem o necessário descanso já partimos para campear correspondente em Sete Lagoas, finalizar petição, juntar documentos e cumprir alguns prazos quase estourando. Viagens e campanhas são terríveis em matéria de desestruturar sua rotina. Se é que você, advogado, tenha alguma, aliás, aquela mínima rotina de profissional liberal. O imponderável sempre bate à porta.

Digo ao querido leitor que redigi sobre o pós-positivismo até às duas da manhã na véspera da eleição? Digo não, pode ficar com peninha “di mim” (contratura altamente sofisticada percebida nos Gerais), aprendam, caros leitores, nada de rir ou debochar dos catrumanos. Dizem os franceses que as contraturas na linguagem indicam alto grau de civilização.

E a posse do Joaquim, não vai falar? Claro que vamos. E os “finalmente” das penas do mensalão? Oportunamente, preclaro leitor.

Respingos da eleição ou the day after

São demais os perigos dessa vida (Vinícius de Moraes), ou “quem tá na chuva é pra se molhar”. Se esse Blog não fosse chique demais poderíamos confidenciar aos distintos leitores os pormenores de fato advindo da nossa, digamos, atuação na boca de urna. Fato que desperta altas reflexões sociológicas sobre a situação da mulher na política, na advocacia, em público, enfim, everywhere.

Nada é perdido, digo sempre, tudo se aproveita e se aprende. O fato: leitor mais afoito confundiu-se no cipoal de suas emoções e tascou comentário de corar os mais pudicos em plena página de artigos jurídicos, logo após o “Requiem aos embargos infringentes”. Perguntamos imediatamente à nossa editora em chefe: pode um negócio desses?

Resposta do Blog: Devagar com o andor. Não pode, viu? Vamos conter esses arroubos, este não é o locus pra isso. Via imprópria, excesso de meios, tá indeferido. Exclui, exclui. 

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