Recebemos hoje
telefonema de leitor, exasperado quase pela ausência daquelas mensagens com as
quais amolo diuturnamente os mais chegados. O
que houve? - quis logo saber. Mas foram apenas três dias, disfarço. Digo ou
não a verdade verdadeira ao nosso ardoroso leitor? É que, infelizmente, ainda
não desenvolvemos o dom da ubiquidade. Como dizem na minha terra: “não chega
pra quem quer”. Assim, temos que nos economizar, “tô me guardando pra quando o
Carnaval chegar” (Chico, sempre, Buarque).
Enquanto descansamos carregamos
pedras, de fato não houve descanso após a campanha e a eleição, o que foi
realmente uma pena. Sem o necessário descanso já partimos para campear
correspondente em Sete Lagoas, finalizar petição, juntar documentos e cumprir alguns
prazos quase estourando. Viagens e campanhas são terríveis em matéria de
desestruturar sua rotina. Se é que você, advogado, tenha alguma, aliás, aquela
mínima rotina de profissional liberal. O imponderável sempre bate à porta.
Digo ao querido
leitor que redigi sobre o pós-positivismo até às duas da manhã na véspera da
eleição? Digo não, pode ficar com peninha “di mim” (contratura altamente
sofisticada percebida nos Gerais), aprendam, caros leitores, nada de rir ou
debochar dos catrumanos. Dizem os franceses que as contraturas na linguagem
indicam alto grau de civilização.
E a posse do Joaquim, não vai falar? Claro que
vamos. E os “finalmente” das penas do
mensalão? Oportunamente, preclaro leitor.
Respingos da eleição ou the day after
São demais os
perigos dessa vida (Vinícius de Moraes), ou “quem tá na chuva é pra se molhar”.
Se esse Blog não fosse chique demais poderíamos confidenciar aos distintos
leitores os pormenores de fato advindo da nossa, digamos, atuação na boca de
urna. Fato que desperta altas reflexões sociológicas sobre a situação da mulher
na política, na advocacia, em público, enfim, everywhere.
Nada é perdido,
digo sempre, tudo se aproveita e se aprende. O fato: leitor mais afoito
confundiu-se no cipoal de suas emoções e tascou comentário de corar os mais
pudicos em plena página de artigos jurídicos, logo após o “Requiem aos embargos infringentes”. Perguntamos imediatamente à
nossa editora em chefe: pode um negócio desses?
Resposta do Blog: Devagar com o andor. Não pode, viu? Vamos conter esses
arroubos, este não é o locus pra isso.
Via imprópria, excesso de meios, tá indeferido. Exclui, exclui.
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