terça-feira, 6 de novembro de 2012

A turminha jovem no tribunal


À tarde, no tribunal

Brillant. Disse a relatora antes de dar tinta na apelação, não em francês, é claro. Mais não posso dizer, pois a modéstia impede. O revisor, ainda bem, pediu vista após a sustentação. Êba! Ainda há esperança para o recurso.
Aguardei três horas e meia, de relógio, para falar. Vamos colocar a culpa no novo Regimento Interno do TJMG? Não dá. Isso já acontecia antes. Vai fazer o quê? Muitos processos, muitos advogados, todos querem falar.

Hoje falei na tribuna da necessária sensibilidade do juiz para não dar a César o que não é de César. A culpa é dessa moda de namoro que se confunde com união estável informal. A zona gris está cada vez mais gris. Ninguém sabe mais o que é o quê. Acaba nos tribunais, às vezes César leva vantagem. Daí a imperiosa necessidade da sensibilidade do juiz e, é claro, provas, muitas provas, cabais. Aí é que mora o perigo. A zona gris de novo. Os tons de cinza andam na moda.

Caros colegas

Encontrei sob as arcadas do Tribunal, perto da escada de ferro belga, dois contemporâneos de faculdade, renomados criminalistas que atuam na Ação Penal 470 no Supremo, o julgamento do momento. Por que quando encontramos os colegas ficamos a lembrar disso e daquilo que se passou na faculdade? Saudosismo? Estamos ficando erados (cheios de eras, de tempo), como se diz no sertão. Reafirmamos quem fomos, afirmamos o que e quem somos agora. Heráclito sempre: “tudo flui”. Nesse tudo, nós também.

A turminha jovem

Vou falar, falei com o moço na lata e não vou falar aqui? O julgamento já havia começado. O presidente da câmara estava anunciando os processos retirados de pauta e os mocinhos "tão" que conversam na única bancada de advogados, alto, sobre tese, artigo, tão sem tempo, tão atarefados, não? Tão jovens que não estavam nem aí. E tome gíria e palavrão. Agüentei o quanto pude. Tive que lascar um delicado “o julgamento já começou, queridos. Podem falar mais baixo?” O moço me olhou como se eu fosse um ET (extraterrestre). Talvez eu seja. Mexe não, que ando brava. Ainda mais depois que aderi ao Movimento Catrumano. Maiores explicações em postagem anterior, basta clicar na caixa de pesquisa do Blog.

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