Dizia uma música muito popular: "E tudo passa, tudo passará".
Dizia Sarah Bernard sufocada pelos trópicos: "Até o talento tem fim".
Disse o Mestre Cartola: "Porque tudo no mundo acontece".
Aconteceu.
Voto do relator
Joaquim Barbosa leu durante toda a tarde de quarta-feira, até os
mais valentes cochilaram, anoitecia e ele ainda lia, talvez o voto mais
esperado do julgamento. Pela toada já se adivinhava o resultado, que se
confirmou, ao final votou pela condenação por corrupção ativa do ex-ministro
José Dirceu e mais sete réus ligados à antiga cúpula do PT e ao empresário
Marcos Valério.
Para Barbosa Dirceu foi o mandante da compra
de apoio político no Congresso nos primeiros anos do governo Lula (2003-2010).
Barbosa enquadrou geral e considerou culpados pelo mesmo crime o
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoino, o empresário
Marcos Valério, seus sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, seu advogado
Rogério Tolentino e sua funcionária Simone Vasconcellos.
Barbosa absolveu Geiza Dias, (a funcionária mequetrefe) da agência
de publicidade de Valério, e absolveu também o ex-ministro dos Transportes
Anderson Adauto, por falta de provas.
Voto do revisor
A cereja do bolo, só ao final
Lewandowski iniciou condenando o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
Em seguida, para variar um pouco, divergiu e absolveu Genoino,
para ele o MP “nem de longe conseguiu apontar de forma concreta os ilícitos
praticados por Genoino. Parece-me óbvio que a resposta está no fato de que o
réu não praticou as condutas criminosas."
Para vocês verem o que
é a hermenêutica e suas variáveis.
But condenou por corrupção ativa Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, além Simone Vasconcellos.
E deixou, com grande suspense no ar, a análise das acusações contra o ex-ministro José Dirceu.
O que estará se passando em Brasília a essas horas e até
quinta-feira? Memoriais?
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