quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Adeus às ilusões


Perguntarão diletos leitores deste Blog: por que é mesmo essa implicância com o jovem ministro? Não fica nem bem, e afeta a pretensa imparcialidade das notícias.

Resposta direta da redação: Vai-se fazer o que, não é mesmo? Quando desnuda-se o véu de maya (ilusão, em sânscrito), acontece essas coisas. Se o presidente Ayres Britto pode teorizar sobre física quântica e neurolinguística no discurso de posse e depois, reproduzir tin-tin por tin- tin em congresso no Rio, também nós podemos nos dar a esses arroubos.

O negócio é o seguinte: esqueçam a história, digo, o fato e os precedentes da condução do jovem advogado geral da União à mais alta corte do país, a amizade com Lula, a advocacia para o PT, essas coisas, só por um momento, é claro.

E ruminem o seguinte: o ministro Dias Toffoli foi condenado no Amapá a devolver 420 mil reais aos cofres públicos por contrato ilegal entre seu escritório e o governo do Estado. O ministro recorreu da sentença e em junho, foi absolvido na segunda instância. (Revista Piauí nº 47, questões jurídicas, Data venia, o Supremo, Luiz Maklouf Carvalho).

Cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101 da CF/88), e nomeados pelo Presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Disse Fernando Henrique Cardoso sobre a indicação de Toffoli: "... acho arriscado nomear alguém que pode virar um bom juiz. É melhor botar alguém que já seja."

Ao ser indicado Toffoli havia sido condenado na primeira instância.
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