terça-feira, 4 de dezembro de 2012

No cubículo do Juizado Especial do Consumidor


No cubículo do Juizado Especial do Consumidor

Estivemos hoje numa dessas salinhas mínimas de conciliação, montadas em divisórias com vidro, no que foi um dia um amplo espaço inutilizado (um fumódromo, talvez) no Tribunal de Justiça da Avenida Francisco Sales, onde funcionava da décima câmara para cima. O Tribunal foi de lá retirado porque havia perigo do prédio desabar tamanho o peso dos processos. Duvidam? Foi matéria de jornal. O Tribunal (da décima para cima) ganhou sede moderna e envidraçada lá nos confins da Avenida Raja Gabaglia. E os consumidores foram alojados no prédio antigo do Tribunal, decerto o problema foi resolvido.

Hoje na salita apertada éramos 9 mulheres entre autoras, advogadas, prepostas e conciliadora. Na sala ao lado, pelo vidro vi que a moça de vestido florido e curto, decerto a autora, chorava, lágrimas rolavam pela face. O que estaria acontecendo naquela sala? Do lado de cá, nada de conciliação após uma hora de audiência. 

Uma das autoras reclamou visivelmente decepcionada: - Mas não tem juiz? Antigamente, tinha. 

Como se vê, o jurisdicionado não quer só seus direitos, quer também ver a face visível da Justiça, o juiz, aquele homem simples e do povo, conforme disse o ministro Fux durante seu show, ao som de Tim Maia. Isso, sim, será inesquecível.

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