Fomos informados hoje que “Durante reunião do Colégio de Presidentes de
Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, que ocorreu em Brasília, o
presidente da OAB Pará, Jarbas Vasconcelos, pediu a criação de um departamento
de atuação nacional e outro específico para cada seccional, para
monitorar, controlar e acompanhar casos de violência contra advogados. A
proposta de Vasconcelos, aceita por unanimidade pelos demais colegas, será
levada à deliberação na próxima sessão plenária do Conselho Federal da
OAB, no dia 15 de setembro. (Revista Consultor Jurídico, 3 de setembro de 2014)
O leigo dirá: excelente medida! Mas a
classe está vacinada, escaldada e vigilante, basta atentar aos comentários,
mais interessantes e pedagógicos que a notícia:
Bolsa proteção/oab
Fernando José
Gonçalves (Advogado Sócio de Escritório)4 de setembro de 2014, 08:59h
Agora a bola da vez são os advogados, os próximos a
serem tutelados por algo ou alguém. Num país de "deficientes genéricos
crônicos", onde o Estado/Entidades deve(m) sempre estar presente(s)
auxiliando em alguma coisa (pelo menos figurativamente, para dar IBOPE e ganhar
votos nas eleições), seremos amparados pela nossa gloriosa instituição,
preocupadíssima com os rumos da advocacia e mais ainda com os assassinatos de
colegas defensores de bandidos e facções criminosas. Com o cartão
"Advogado Protegido e Monitorado 24 hs", nos sentiremos seguros
diante dos clientes mais rebeldes. Entretanto, se não for possível evitar os
crimes, partiremos para o além certos de que o nosso caso será catalogado,
estudado e pautado em estatística para divulgação em boletins da OAB. Isso é
que é trabalhar em função da classe.
Compreensão
Lauro Soares de Souza Neto,
advogado em Marília-SP (Advogado Autônomo - Criminal)4 de setembro de
2014, 08:53h
Vocês - que ficam criticando a insignificância da
OAB enquanto órgão representativo de classe - tem que entender que os
dirigentes (especialmente os de São Paulo) não advogam e são empresários,
políticos, etc.. Precisam compreender que é por isso que eles não sabem - nem
imaginam - as dificuldades dos advogados. E essa comissão - vejam bem - vai dar
destaque na mídia, que é o que realmente basta prá eles. Entenderam? Então
compreendam.
OAB, MAIOR INIMIGA DA ADVOCACIA BRASILEIRA II
Marcos Alves
Pintar (Advogado Autônomo - Previdenciária) 3 de setembro de 2014, 17:07h
(...) nos mostra com clareza solar que a OAB nem de longe está
preocupada de alguma forma com a segurança pessoal ou mesmo a honorabilidade
dos advogados. A Ordem apenas finge que faz alguma coisa em defesa da
segurança da advocacia usando os canais institucionais, pagos por nós
advogados, para dar uma aparência que faz algo. Nós advogados estamos
entregues à própria sorte, (...).(Revista Consultor Jurídico, 3 de setembro de 2014, Profissão perigosa).
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Nada como pertencer a uma classe politizada e
esclarecida, só falta organizar os esquecidos pela OAB em um grupo. Não é de
hoje que estamos chamando. Organização já.
A esse propósito, sugerimos a pauta, a bandeira
maior da OAB, junto ao Ministério da Educação, a vigilância cerrada e ativa
para fiscalização do ensino jurídico no Brasil. Depois da farra de abertura de
faculdades a torto e a direito, temos o país abarrotado de advogados mal
formados e desqualificados para o exercício da profissão.
Acabamos de lidar com o problema, advogado que
sequer sabe redigir um email, que desconhece regras de ortografia e pior,
desconhece as regras de conduta entre advogados. É ma-fé ou despreparo?
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