quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Notícia fresca da vara de precatória cível da capital

Caros leitores, a vara de precatórias cíveis da comarca de Belo Horizonte levará 4 ou 5 meses para expedir um mandado de avaliação. Aos leitores leigos explico, significa fazer um documento com uma ordem do juiz. 

É triste, mas é verdade. Enquanto isso o processo original ficará mofando, digo, parado, na outra comarca, esperando o retorno desta carta precatória de avaliação de imóvel, devidamente cumprida.

Para o juiz assinar, levará quantos dias? Para chegar à Central de Mandados, quantos dias? Para chegar às mãos do Oficial de Justiça, quantos mais? Para o oficial cumprir ..., para o Oficial devolver ao cartório...

Tantas perguntas e a resposta é uma só: vai demorar...

Este estado de coisas deve ser o responsável, também, pelo cansaço e desabafo reiterados de colegas, pelos corredores do fórum e escritórios de advocacia; querem, muitos, trocar de profissão.

Assim me disse um colega há duas semanas enquanto mofávamos ambos, digo, esperávamos para despachar com uma juíza de família. A sessão de despacho foi um caso à parte. Não esquecerei aquele sorriso pregado e a frase repetida, de modo duro, a cada alegação, "será apreciado, doutora". E como foram, devo dizer. Mal apreciado e mal decidido, entendo, salvo melhor juízo, o famoso s.m.j..

Parentesis. (Eu venho de um tempo que, ao despachar, o juiz mandava buscar os autos para conversar com o advogado. Se estivesse sobre sua mesa ele próprio procurava na pilha. Desta feita, conforme dizia o Professor Barcelos, a juíza estava ladeada de processos e com um aberto à sua frente e sob suas mãos. Perguntei se era o processo do meu cliente. Não, senhora. Ah, bom.) Fecha parênteses.

E ontem também, disse-me assim uma advogada. E não é por falta de trabalho ou remuneração. Então...

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