Advogado mineiro
foi preso na operação “Laranja com Pequi” - deflagrada pela Polícia Federal em
conjunto com o Ministério Público de Minas Gerais, a Receita Estadual e a PMMG
com objetivo de desarticular quadrilha que fraudava licitações e desviava
dinheiro público.
As licitações fraudadas
destinavam-se especialmente ao fornecimento de alimentação para unidades
prisionais e escolas públicas.
A prisão
temporária do advogado e outros nove investigados foi requerida pelo MPMG e
deferida pelo Juízo da Vara de Inquéritos da Comarca de Belo Horizonte (MG) em
14 de maio último.
A tipificação penal
crimes contra a ordem tributária e a livre
concorrência (Lei 8.137/1990);
contra a fé pública (falsidade ideológica e
material);
contra a paz pública (quadrilha ou bando);
contra a lisura dos procedimentos licitatórios
(Lei 8.666/1993);
contra a regularidade, a probidade e a
credibilidade da Administração Pública (usurpação de função pública, corrupção
ativa e passiva);
contra a ordem socioeconômica (lavagem de
dinheiro – Lei 9.613/1998).
A defesa do
advogado B.V.G., um dos presos em decorrência da Laranja com
Pequi, ingressou com Habeas Corpus 114518 no STF, no qual contesta a
validade das investigações, sob o argumento de que teriam sido “conduzidas e
produzidas exclusivamente”, pelo Ministério Público mineiro.
No HC ao Supremo,
a defesa sustenta que o MP de Minas Gerais atuou de forma “excessiva, abusiva e
arbitrária” e, embora a operação “Laranja com Pequi” tenha sido atribuída ao
MP/MG em conjunto com a Polícia Federal, a investigação teria sido conduzida
essencialmente por promotores e procuradores, sem qualquer participação de
agentes federais, portanto, sem “lastro legal”, o que, segundo a defesa, quebraria
a ordem jurídica em razão da usurpação da competência da polícia judiciária
pelo MP.
Comentário do Blog: A ordem jurídica. Quebrada. Lá vem a defesa
técnica, muito técnica. Já vimos este filme antes e recentemente. Teve final
feliz. Depende para quem, dirão
alguns. Certo, para a imensa maioria. Desagradados três ou quatro, ou vinte,
talvez cinquenta, bem, puxando o fio da cadeia, digo, da meada, vai aumentando
a conta.
Mudando de pato para ganso: um verdadeiro artista o inventor dos nomes das operações da
PF. Que estilo! Que verve! Um talento literário. Laranja com Pequi,
fabuloso! Mas não combina, viu? Pato com laranja, dá certo. Pequi é com arroz,
iguaria só para os autóctones. Para evitar corrida ao Aurélio: “os da terra”,
os de fora torcem o nariz e o bico. É raríssimo forasteiro se atrever a comer
pequi em caroço. Só políticos, vide Saturnino Braga que, em tempos idos, em Montes Claros/MG mordeu
para valer o fruto e passou semanas tirando espinhos da boca na enfermagem, em Brasília/DF. O pequi
e o norte não são para principiantes. Daí a máxima do genial Darcy
Ribeiro: “Montes Claros exporta gente.”
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