Sen. Demóstentes Torres |
Com 15 votos favoráveis, o Conselho de Ética do
Senado aprovou por unanimidade, na noite desta segunda-feira, 25, parecer pela
cassação do mandato do senador Demóstenes Torres por quebra de decoro parlamentar. O
pedido de cassação segue agora para a CCJ. Depois, será analisado pelo
Plenário, onde o voto é secreto.
O
relator Humberto Costa (PT/PE) considerou que Demóstenes, recebeu vantagens
indevidas, praticou irregularidades graves no desempenho do mandato e teve
comportamento incompatível com a ética, constituindo-se num "braço
político" da organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira,
preso desde fevereiro por exploração de jogos ilegais, corrupção, lavagem de
direito e por outros crimes.
Pirenópolis/GO |
As pedras de Pirenópolis/GO |
Demóstenes Torres preferiu não comparecer à reunião.
Durante 30 minutos, o defensor dele, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro,
o Kakay, insistiu na tese de que as escutas obtidas pela PF foram feitas de
forma ilegal, em desacordo com a CF/88, visto que as
mesmas só poderiam ter sido feitas com autorização do STF, por se tratar de um
senador da República. Diante deste argumento, Kakay, pediu a reflexão dos
parlamentares. "A Constituição manda extirpar do processo prova ilícita. É licito
cassar um senador com base em prova ilegal?", indagou.
Mas não acabou. O procedimento administrativo de
cassação foi convertido em projeto de resolução, que vai agora para a CCJ. O
processo então vai ao Plenário, onde será decidido em votação secreta. Para
a perda do mandato de Demóstenes, é preciso que a maioria dos 81 senadores vote
pela cassação do parlamentar. (Fonte: Migalhas, 26/06/2012).
Comentário do Blog: É, pelo visto o mantra da "minha defesa é muito técnica" não colou. Quem sabe na próxima.
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