Parece que avisados do fim do
recesso forense,
Tão curto, oh, céus, sequer deu pra arrumar em ordem a vida. Jamais dará,
avisam as pitonisas de plantão. Tocamos a tropa com pouca arrumação, que já dá
fôlego e alguma ordem.
aparecem logo cedo os clientes de
volta, pelo telefone.
Depois de falar com uma das
mulheres mais doces e simples que conheço, uma dama que tem como função a de
servente em escola infantil, ouço a leitura de uma intimação que o irmão dela
recebeu.
Depois de ouvir a peça concluo
que a nossa justiça é anacrônica, a linguagem é do tempo de El Rey. O
jurisdicionado, pobrezinho, jamais entenderá, se há, até, advogados que não
entendem.
Se já reformaram até a língua
portuguesa, (o acordo ortográfico já está valendo), está passando da hora de simplificar
a linguagem do foro para algo inteligível à maioria dos seres, direto e claro.
Marco Aurélio que não nos ouça.
Além de reclamar, também me
proponho. Estamos às ordens para ajudar a reduzir as pomposas, solenes e
obscuras intimações aos leigos em linguagem normal.
Justiça para todos passa pelo vocabulário. O acesso à justiça inclui também a linguagem. Ou vamos nos aferrar ao reduto do juridiquês como um trunfo que delimita o espaço entre nós e eles, os outros, os leigos. Precisamos nos dar tal importância?
Creio que não, novos tempos, nova linguagem.
Havia um professor na faculdade que dizia: "Escrever bem é explicar o difícil usando palavras simples, de forma que todos possam entender". Isso me marcou muito!
ResponderExcluirAbraço Dra. Valéria! Um 2013 brilhante!
Bruno Cézar Gomes Fonseca - advogado
Olá, Bruno, ótimo professor o seu. Só faltou homenageá-lo, citando-lhe o nome. Grata sempre pelos seus comentários pertinentes. Grata pelo voto, que seu ano seja também brilhante. Abraços.
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