sábado, 5 de janeiro de 2013

Advogados indianos recusam defesa de acusados de estupro


Em 28/12/12 morreu a universitária indiana de 23 anos que sofreu um estupro coletivo em um ônibus em Nova Delhi. O crime aconteceu no dia 16/12/2012. 

A estudante de medicina foi espancada, estuprada e jogada de um ônibus em movimento, na capital indiana. Ela passou por três cirurgias abdominais, na Índia, antes de ser encaminhada a Cingapura pelo próprio governo indiano, para receber tratamento especializado. A universitária não foi oficialmente identificada pela imprensa, alguns veículos de mídia indianos a chamam de "tesouro". 

Grande parte dos estupros e crimes sexuais que ocorrem na Índia nunca chegam a ser reportados ou punidos, conforme ativistas dos direitos das mulheres, mas a brutalidade desse caso provocou comoção pública e levou a protestos.


Indianos fazem protesto contra violência contra as mulheres na quarta-feira (2) (Foto: AFP)

Advogados que militam junto ao tribunal de Nova Delhi, que julgará os acusados pelo estupro da estudante, anunciaram que se negam a defender os seis suspeitos, que, segundo a imprensa, também tentaram atropelar a jovem depois do ataque.

"Decidimos que nenhum advogado se apresentará para defender os acusados do estupro porque seria imoral defender o caso", anunciou Sanjay Kumar, um advogado membro da Ordem dos Advogados do distrito de Saket. Kumar afirmou que 2.500 advogados registrados no tribunal decidiram "permanecer à margem" para garantir uma "justiça rápida", o que significa que advogados de ofício representarão os suspeitos. Outro advogado ligado ao tribunal confirmou o boicote.  

O boicote da organização, no entanto, não significa que os homens detidos por conta do estupro não terão defesa no julgamento. Advogados de outros distritos, ou aqueles apontados pela justiça, podem cumprir a função.

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