Em 28/12/12 morreu a
universitária indiana de 23 anos que sofreu um estupro coletivo em um ônibus em
Nova Delhi. O crime aconteceu no dia 16/12/2012.
A estudante de medicina foi
espancada, estuprada e jogada de um ônibus em movimento, na capital indiana.
Ela passou por três cirurgias abdominais, na Índia, antes de ser encaminhada a
Cingapura pelo próprio governo indiano, para receber tratamento especializado. A universitária não foi oficialmente identificada
pela imprensa, alguns veículos de mídia indianos a chamam de "tesouro".
Grande parte dos estupros e crimes sexuais que
ocorrem na Índia nunca chegam a ser reportados ou punidos, conforme ativistas
dos direitos das mulheres, mas a brutalidade desse caso provocou comoção
pública e levou a protestos.
Indianos fazem
protesto contra violência contra as mulheres na quarta-feira (2) (Foto: AFP)
Advogados que militam
junto ao tribunal de Nova Delhi, que julgará os acusados pelo estupro da
estudante, anunciaram que se negam a defender os seis suspeitos, que, segundo a
imprensa, também tentaram atropelar a jovem depois do ataque.
"Decidimos que nenhum
advogado se apresentará para defender os acusados do estupro porque seria
imoral defender o caso", anunciou Sanjay Kumar, um advogado membro da
Ordem dos Advogados do distrito de Saket. Kumar afirmou que 2.500
advogados registrados no tribunal decidiram "permanecer à margem"
para garantir uma "justiça rápida", o que significa que advogados de
ofício representarão os suspeitos. Outro advogado ligado ao tribunal confirmou
o boicote.
O boicote da organização, no entanto, não significa que os homens
detidos por conta do estupro não terão defesa no julgamento. Advogados de
outros distritos, ou aqueles apontados pela justiça, podem cumprir a função.
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