quarta-feira, 20 de março de 2013

Trote polêmico na Faculdade de Direito da UFMG

Uma comissão de sindicância foi criada nesta terça-feira para apurar as responsabilidades do trote com conotações racistas e referência ao nazismo promovido na semana passada, pelos alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Caso fique comprovado os abusos por parte dos estudantes, eles poderão até ser expulsos da instituição.



O caso ganhou repercussão nacional nessa segunda-feira, depois que duas fotos foram divulgadas em um perfil no Facebook e mostram uma estudante com o corpo pintado com tinta preta, acorrentada e puxada por um universitário "veterano". A menina ostenta uma placa com os dizeres "caloura Chica da Silva", em referência à famosa escrava que viveu em Diamantina no século 18, liberta após se envolver com um contratador de diamantes. Em outra foto, um calouro está amarrado a uma pilastra enquanto outros três estudantes fazem uma saudação nazista. Um deles pintou um bigode semelhante ao do ditador alemão Adolf Hitler.

A comissão, formada pelos professores Hermes Vilchez Guerrero, Maria Tereza Fonseca Dias e Yaska Fernanda de Lima Santos, tem um prazo máximo de 30 dias para concluir as investigações. Neste tempo, os envolvidos na brincadeira serão ouvidos. “ Caberá à Universidade aplicar a punição, conforme recomendado pela Comissão, cuja decisão tem como base o Regimento Interno da UFMG. Dependendo do encaminhamento da apuração dos fatos, a Comissão pode ter o prazo prorrogado por mais 30 dias”, anunciou a vice-reitora da UFMG, Rocksane Norton.

A reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) emitiu uma nota de repúdio, no fim da tarde desta segunda-feira, ao trote realizado por alunos da Faculdade de Direito na última semana. Imagens do evento foram divulgadas nesta segunda-feira e já causaram polêmica nas redes sociais. Internautas ficaram revoltados com algumas fotos que mostram atos racistas durante a ação.  (Fonte: Estado de Minas, 19/03/13, João Henrique do Vale).

Comentário do Blog: em plena Faculdade de Direito? Triste e lamentável. Soube que um dos estudantes está apavorado com a repercussão. Então, não sabem o que fazem? Nem nós sabemos.

Será que aquela leitora eventual e comentarista, também eventual, vai ler e não entender este comentário também? Agora entendi o aviso do Renato Braga da Rocha logo no frontispício do seu blog: confiram. Agora, entendi o porque. É... Divagamos.  Logo nosotros, adeptos de Carnelutti no que se refere a pessoas que se rendem às críticas. Só que as amargas, não.

Fora o tanto que lamentamos ter que excluir a espinafração, digo, o comentário (não passou no crivo da urbanidade necessária), foi motivo de gáudio no Blog. É um sinal alvissareiro, sinal que estamos incomodando e dissonando. Finalmente ele chegou, porque como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Já não era sem tempo. Ufa!

Nota explicativa:

Francesco Carnelutti: jurista e processualista italiano,  nasceu em Udine, em 1879, ensinou na Universidade Bocconi de Milão (1909-1912), na Universidade da Catânia (1912-1915), na Universidade de Pádua (1915-1935), na Estatal de Milão (1936-1946) e na Universidade de Roma (1947-1949). Em 1924, juntamente com Giuseppe Chiovenda, fundou e dirigiu a Rivista di Diritto Processuale Civile (Revista de Direito Processual Civil). Principal inspirador do Código de Processo Civil italiano de 1940, mestre do direito substantivo civil e penal, foi também advogado.

As amargas, não: cronista brasileiro, Álvaro Moreyra nasceu em Porto Alegre, aos 23 de novembro de 1888. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde faleceu em 12 de setembro de 1964. No início da década de 1950, o cronista Álvaro Moreira lançou no Rio de Janeiro, então capital da República, o livro As amargas, não. É dele: “Sempre se tem vinte anos, num canto do coração”.

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