quinta-feira, 1 de março de 2012

Ainda no Planalto

A tecnologia no julgamento.
Na porta do plenário, que está fechada, um placar luminoso com os julgamentos do dia e o julgamento do momento. Assim, penso eu, evitam-se os sapos, aqueles advogados que adoram confraternizar e abrem as portas das salas de julgamento só para ver quem está lá, e é claro confraternizar com os colegas além de saber o que está sendo julgado. Advogados adoram informações.


Neste dia acompanhei o longo voto do Ministro Luiz Felipe Salomão, num recurso especial do Banco do Brasil, a questão: quem deve receber as astreintes? (Multa). A parte inocente ou o Estado? Longo voto lido com calma, vamos aproveitar e aprender: "a natureza é que vai indicar... é pena privada e perdas e danos, como em França... interesses privados e públicos ... metade para a parte, metade para o Estado, como no novo CPC.

Veio aparte bem fundamentado do Ministro Raul Araújo lembrando a ausência de norma sobre a matéria e pedido de vista. No REsp 949.509/RS, a quem interessar possa o desfecho. Promete.

Após o incidente com a filmagem impedida e a questão das becas jogadas, já era hora de procurar o caminho do Anexo dos gabinetes para a audiência com o Ministro. 


Na primeira ante-sala ministerial
Conforme eu disse antes, advogados adoram confraternizar, é da natureza gregária da classe. Em uma das ante-salas ministeriais, conheci advogado de São Paulo que veio tratar de direito autoral, por autor de telenovelas. 
Serviu-se café aos advogados, mas foi a pedido da advogada mineira, que pediu água e café. É que em Minas o café da tarde é quase sagrado.
Lá também conheci a jovem e atuante Dra. Estefânia Viveiros, Presidente da OAB/DF por dois mandatos. Pois, não me fiz de rogada, e confraternizando, fomos clicadas pelo colega paulista. Agradecimentos a ambos os colegas pela participação no blog.

Viveiros(DF) e Veloso (MG) , fotografadas por Carlos Diogo Korte (SP)
Mais tarde chegaram dois advogados de renomado escritório do Rio de Janeiro. Não quiseram confraternizar, nem nós com eles. Cada um no seu quadrado.
Mais uma ante-sala e eis-nos diante do Ministro Relator. Ouviu, fez comentários sobre a matéria, ops, opinião divergente, vamos com calma diante da divergência e com tato, mencionamos o posicionamento anterior do STJ sobre a matéria, e, um julgado do Ministro Thompson Flores no memorial. Uma verdadeira pérola, cremos nós, (o julgado).
Foi isso, dei-me por muito satisfeita com a audiência e a palestra jurídica com o ministro, e, ao fim e ao cabo o resumo da questão: competência e legitimidade. 

 Terminada a missão memorial, um giro pelo que parece ser um museu, no quesito toga, o mais interessante:




 


A saída do STJ 
Sob a lua
Do fundo da redação, o resmungo do nosso Comentarista post mortem, o Velho Juca: - Tu foste caçar confusão no tribunal? Ainda não.

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