Des. Eduardo Andrade
Imagem site TJMG, 3/3/15
Os advogados que vão ali desavisados esperando uma sessão comum de julgamento participam compulsoriamente da homenagem e alguns assomam à tribuna para também homenagear quem se despede da função.
Foi o caso. A nota oficial no site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais não faz qualquer referência à fala do nosso informante, mas avisados, o fazemos. Aderimos de pronto e foi nosso primeiro comentário em resposta à notícia da aposentadoria: honrou o Quinto (constitucional, a vaga na magistratura de segunda instância reservada à classe dos advogados).
Temos duas passagens na memória de sessões com o desembargador Eduardo Andrade. A primeira foi no extinto Tribunal de Alçada, fortemente emocionado pela perda de um parente muito próximo, insistia em permanecer na sessão e ler seus votos para não prejudicar os advogados e as partes. Mas seus pares insistiram, apoiados pelos advogados presentes, que deixasse a sessão e fosse viver o luto com os seus. Uma cena como essa não se esquece.
A outra foi num julgamento em que produzimos sustentação oral, e o voto dele como relator era contrário, mas foi proferido com tal fundamentação e respeito às razões e à pessoa do advogado, que deixou a marca de um grande juiz, e saímos do tribunal naquele dia até confortados.
Não se pode deixar de citar ainda, o amor pela poesia, e os poemas que faz questão de declamar sempre que chamado a falar em público sobre temas jurídicos.
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