Marina e os filhos Olívia e Davi (Reprodução/Facebook) |
A brasileira Marina de Menezes, que mora em
Tijuana (México) publicou um vídeo na semana
passada no qual ela pede apoio para recuperar a guarda dos filhos Olívia, 3, e
Davi, de 6 anos. As crianças, segundo ela, foram sequestradas pelo pai e foram
levadas para a Cidade do México.
“Tenho dois filhos, que foram
sequestrados depois que o denunciei por violência doméstica. A violência na
minha casa acontecia a qualquer dia e em qualquer lugar, diante das crianças.
Eu sofria de violência física psicológica e emocional”, afirma ela no vídeo,
que já teve mais de 232 mil visualizações e 6.000 compartilhamentos.
Ela critica o sistema judiciário
mexicano, que não atende seus pedidos de recuperação da guarda dos filhos.
“Há 5 meses e meio venho lutando para que
a juíza me devolva as crianças. […] Cansei de esperar calada vendo toda essa
injustiça acontecer. Quase meio ano sem ver meus filhos e essa é a pior dor que
uma mãe pode sentir”, afirma ela.
Segundo Marina, o consulado e a embaixada
brasileira também tentaram ajudá-la. “Mas a juíza também ignora os pedidos
deles.”
No vídeo, ela diz que Davi é uma criança
superdotada e introvertida. “Disseram-me que ele está mais calado e começou a
se machucar, morder os dedos e a boca até sangrar e a puxar os cabelos.”
Ao Maternar, Marina diz que a família se
mudou para Tijuana em 2014 para apoiar a educação de Davi. “Na Cidade do México
não havia nem apoio nem ajuda para a aceleração de série.”
E relação ao julgamento do caso, Marina
afirma que recebeu na sexta documentos avisando-a de que haverá uma reunião com
as crianças no dia 31.
“As crianças serão ouvidas depois de 6
meses longe da mãe e sendo manipuladas pelo pai a a juíza vai decidir sobre a
guarda baseada no que escutar delas. Guarda essa que já foi decidida como sendo
compartilhada pelo juiz federal”, afirma.
Marina questiona o julgamento que está
sendo conduzido na cidade do México. “A juíza da Cidade do México não é
competente para julgar o caso, pois o domicílio conjugal era Tijuana.”
Ela entrou com outro processo em Tijuana
e conseguiu uma espécie de medida cautelar.
O ex-marido mexicano não foi localizado
para comentar as denúncias.
Em nota, o Itamaraty diz que
o” Consulado-Geral do Brasil no México vem acompanhando o caso desde
maio”.
“Por força de reiterados apelos do
Consulado às instâncias da justiça mexicana envolvidas no processo, a juíza
responsável pelo caso autorizou que Marina realize visitas, desacompanhada do
marido, em sede do juizado de menores, na Cidade do México”, informa o
Itamaraty.
Marina afirma que as visitas não
ocorreram. “Duas visitas foram marcadas sim, mas não aconteceram. A primeira
porque a juíza não agendou no centro familiar. E a segunda porque a
psicóloga e intermediária não foram.”
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