sexta-feira, 17 de outubro de 2014

As pernas do processo


Dia de dar voz aos advogados, fiquem tranquilos, nada de altercações ou mandados de segurança, hoje daremos espaço a um advogado militante na Justiça do Trabalho que quer homenagear uma servidora. A palavra é sua.
As pernas do processo


Uma homenagem
Disse-me um desembargador, certa feita, quando conversávamos sobre uma abrupta redução de velocidade nos processos, que processo tem pernas! Pernas, desembargador? Que pernas seriam estas? “Os servidores, Sílvio. As pernas dos processos são os servidores. Se faltam bons servidores os processo não anda, ou anda mais devagar.”

Tem razão. Não é à toa que o TRT da 3ª Região sempre teve os mais elevados índices de produtividade, pela qualidade dos seus servidores e magistrados. Mas não farei o elogio aqui dos magistrados, suficientemente homenageados. Já os servidores, nem sempre.

E por que isto agora? É que se aposentou uma importante “perna” dos processos da 4ª turma do TRT da 3ª Região, a dedicada, operosa e sempre amável Nélia Vania Rodrigues de Matos, Diretora da Secretaria. Todas as vezes que fui àquela serventia a encontrei com um sorriso no rosto, uma resposta objetiva, tratamento afável.
Soube da aposentadoria na sessão da 4ª turma do dia 15/10, anunciada pelo presidente, o Desembargador Júlio Bernardo do Carmo, que prestou à Nélia uma justa e tocante homenagem, à qual aderiram todos os presentes, seus colegas servidores, a representante do Ministério Público, todos os demais desembargadores e advogados. E eu também! Não podia ficar de fora.
 Não posso dizer que recebi com alegria a aposentadoria da servidora. Vou sentir falta dela, como de todos os seus colegas que fizeram o bom nome do TRT da 3ª Região, que fizeram dele um Tribunal reconhecidamente moderno, ágil, justo e, acima de tudo, um lugar de urbanidade, respeito e consideração, para com o jurisdicionado, advogados, e destes com servidores e magistrados, uma Casa de Justiça.
Tudo de bom para você, Nélia, desejo felicidades na nova jornada. Sentiremos saudades.
Sílvio de Magalhães Carvalho Júnior, um advogado militante




Respondendo a consulta

Aproveitamos o ensejo para responder consulta feita ao MAIs - Movimento dos Advogados Militantes e Independentes, o por que do termo militante e independente. É o seguinte, militante é o advogado que pode presenciar a cena acima descrita, ou seja, ele vai à sessão de julgamento, vai ao balcão do cartório, conversa com o servidor, juiz e cliente. Independente significa que não tem patrão. Vejam, nem todo advogado militante é independente. Mas todo advogado independente é militante. 

Quer publicar nesta seção?

Envie foto/relato do seu cotidiano forense.

O advogado, seja militante ou não, independente ou não, bastando ser leitor deste Blog, poderá se quiser, enviar um instantâneo da sua lida forense, como fez o Dr. Sílvio. E teremos de norte a sul do país, matérias e fotos, experiência viva, um congraçamento da classe. E anda fazendo falta. Podem apostar nisso. 

2 comentários:

  1. Olá, Rosa Nina! Obrigada e seja bem vinda! É uma alegria ter uma leitora do Piauí. Volte sempre. Abraço.

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