Temos um pronunciamento a fazer, será breve, cremos que o dia internacional da mulher é efeméride das mais chatas e desconfortáveis. Perdoem-nos os que pensam o contrário. Há três turmas distintas. Há aquela que tem certeza que nada há a comemorar. A tripla jornada? perguntam irônicas. A do meio, aquela segundo a qual a data é de reflexão e balanço da caminhada e dos avanços e do que falta. A terceira, é a festiva, para a qual a data é como um aniversário coletivo, quando se felicitam umas às outras com derramados elogios. De poderosa e guerreira para cima. Ok, se serve para aumentar a autoestima do mulherio, tudo bem.
But se somos guerreiras vivemos mesmo numa guerra, o negócio está feio para o nosso lado, e não vemos muito sentido em nos felicitar por este fato. Louvamos o esforço de superação com tapinhas nas costas umas das outras e beijos nas faces e deixamos de lado as causas e consequências.
"De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2007, mulheres e homens só vão alcançar a equiparação em 2100. Não só. Os dados da violência são alarmantes. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a cada cinco minutos uma mulher sofre agressão no mundo. o responsável por 70% dos atos de barbárie é gente de casa - marido, companheiro ou namorado." (EM, editorial, 8/3/14).
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