Faleceu no dia 27, sexta, o Dr. Helvécio de Resende Chaves, advogado, aos 82 anos. Jaburu, para os colegas do seminário franciscano em Santos Dumont, deixou o exemplo de advogado da melhor estirpe, aguerrido, culto (conhecedor de grego e latim), contador de casos e querido da família ao foro.
Ao nosso querido e dos mais participantes leitores, nosso preito publicando a seguir, o discurso que ele enviou, do advogado Lélils Silvino, de quem era fã e amigo, eleito advogado do ano em 1967.
Fica a contribuição do Dr. Helvécio à história da advocacia mineira.
Foi registrada pelo Blog sua indignação na porta da sede da OAB na última eleição à presidência da entidade: “Não compactuo com essa farsa”, disparou o Dr. Helvécio. Estava muito bravo. Sobre a postagem e a menção à sua pessoa, fez questão de ligar para fazer duas correções: primeiro, não era anarquista e segundo, sua bengala não era elegante. E ria, até. Este era o Dr. Helvécio e sua verve.
Estivemos no velório, sobre o caixão a bandeira do Clube Atlético Mineiro. Às 17:00h, no momento exato da cremação, reservada à família, já em outro ponto da cidade, anotamos os versos de Fernando Pessoa escritos na parede de um café.
A nossa homenagem:
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousamos fazê-la, teremos ficado, para sempre à margem de nós mesmos". Fernando Pessoa.
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