sexta-feira, 29 de julho de 2011

Do humor e sua consequência imediata, o riso, em juízo e fora dele.


Jamais sorria em audiência, nem mesmo levemente.

Eduard von Grützner: Falstaff, 1921, Óleo


A parte ex-adversa pode achar que debocha dela ou do disparate que falou.

Fique sério, se o riso for irreprimível peça os autos e leia a peça chatíssima da parte contrária para frear o riso.

A parte pode inclusive achar, (e te dizer isso depois), se for de poucas luzes (ignorante), fundamentalista religiosa (fanática), ou comprometida das idéias, (é preciso mesmo, explicar?), que vc é o próprio enviado do demônio.

E tudo culpa do incontrolável e bendito senso de humor.

Jamais sorria em audiência. Deixe para rir depois na roda do escritório, às bandeiras despregadas.

Máximas sobre o humor para seriíssima reflexão, (de leve):

Humor é a maneira imprevisível, certa e filosófica de ver as coisas (Monteiro Lobato).

O humor compreende também o mau humor.

O mau humor é que não compreende nada (Millôr Fernandes).

O espírito ri das coisas. O humor ri com elas (Carlyle).

O humor é a vitória de quem não quer concorrer (Millôr Fernandes).

O humor tem não só algo de liberador, análogo nisso ao espirituoso e ao cômico, mas também algo de sublime e elevado (Freud).

O humorismo é a quintessência da seriedade (Millôr Fernandes).

Até!

Glossário do dia:

(em homenagem aos parentes leigos que fazem o favor de acessar o blog)

Parte: autor ou réu

Ex adversa: contrária

Peça: qualquer documento ou petição do processo

Autos: o processo físico 

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