O
Fato
O Ministério da Educação divulgou,
nesta quinta-feira, 30, os resultados do Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb) 2017, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada à pasta. O estudo demonstrou
um ensino médio estagnado desde 2009. Para o MEC o nível de aprendizagem médio
do país ainda se situa no limite inferior do nível básico. Na divulgação do
resultado o Ministro da Educação Rossieli Soares disse: “O ensino médio está no
fundo do poço. É inaceitável que mais de 70% dos estudantes do ensino médio
estejam no nível insuficiente tanto em língua portuguesa quanto em matemática,
após 12 anos de escolaridade”. A edição deste ano
avaliou com testes de língua portuguesa e matemática mais de 5,4 milhões de
estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio,
em mais de 70 mil escolas.
A cruzada cívica e literária
A cruzada cívica e literária
Os dados são lamentáveis, o
impacto deste déficit para o Brasil é e será funesto. Diante disso, surgem
indagações: haverá conserto? A
quem aproveita uma nação emburrecida, digo, analfabetizada? O que podemos,
sociedade civil, fazer diante da falência do governo na área?
Nada de cruzar os braços. Nada
de jogar na rede conteúdo barato e imbecilizante.
No mesmo dia da divulgação do
SAEB 17 pelo MEC, mais exatamente na madrugada de quinta para sexta, (aí está,
caro Dr. Joaquim Barbosa o motivo pelo qual, às vezes, frise-se, às vezes, os
advogados não despertam com a aurora), assistia pela web a
entrevista do escritor mineiro Luiz Vilela numa bucólica e até maltratada praça
de Ituiutaba/MG.
Conforme
se vê, além do ensino estão também maltratadas as praças e vias públicas
brasileiras. Mas as sedes dos poderes constituídos estão um luxo só,
e a folha de pagamento deles absolutamente inchada.
Falando sobre o que? Livros e a
arte de escrever. Ver o escritor na sua simplicidade sem filtros, sem qualquer
afetação, foi um presente e um alento.
É mesmo impressionante a
semelhança física entre o escritor e o professor de direito seu irmão, João
Baptista Villela. Ver um é lembrar o outro. O timbre da voz, a economia de
gestos, a cultura, são traços de família. Há neste blog um vídeo do Professor
Villela declamando versos de Castro Alves num Seminário da Faculdade de Direito
da UFMG. Livros
às mancheias.
É isso, senhores, o que temos
para hoje, cruzada cívica e literária, sem cruzar os braços e os dedos em
tempos de caos. A contribuição de hoje é literária, um autor em uma praça na
sua terra natal.
A propósito, a entrevista foi
feita pela Sesc TV de São Paulo:
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