quinta-feira, 8 de maio de 2014

Doença mental no judiciário

Psicanalista do TRT-MG, Judith Albuquerque fundou o Grupo de Estudos sobre Saúde Mental no Âmbito do Judiciário - Gesam, ao perceber o aumento no número de juízes, promotores, procuradores e advogados com enfermidades da mente. O grupo terá lançamento na próxima sexta-feira em Juiz de Fora/MG. 


Nos 11 anos à frente do Centro de Direito de Psicanálise viu casos de depressão, psicoses e surtos. Em situações mais graves, magistrados chegam a tentar o suicídio. O objetivo do grupo é se tornar um observatório de saúde mental do trabalho e revelar um panorama dos diagnósticos no Brasil. Além disso, se propõe a capacitar os profissionais do judiciário a saber o que é a doença mental e compreender a sua complexidade, e ainda, oferecer ajuda aos que apresentam o problema.

Os advogados são considerados um caso peculiar no universo de profissionais estudados pelo Gesam. Profissionais liberais, eles têm jornadas excessivas de trabalho e lidam diretamente com os clientes e seus problemas. Visto como um canal para a solução de um litígio, o advogado acaba mergulhando em questões que desencadeiam um processo de desgaste. É assim que a especialista e professora de Direito do Trabalho e coordenadora da ESA - Escola Superior de Advocacia da OAB/MG, Andréa Vasconcellos, descreve o cenário em que os advogados estão inseridos. "Muitas vezes o problema não é só técnico, e o advogado não está preparado para lidar com a questão pessoal do cliente", explica. "Eles somatizam o problema e apresentam gastrite, por exemplo. A demanda por assistência é grande. Os advogados não estão dando conta de trabalhar tanto." (Fonte: Estado de Minas, Juliana Ferreira, 6/5/14).

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