quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Mulher condenada a 1 ano de prisão no Irã por tentar ver jogo de vôlei


Em pleno século XXI mulheres ainda são absurdamente sentenciadas por fatos banais. É o caso de Ghonche Ghavami, de nacionalidade iraniana e britânica, condenada a um ano de prisão no Irã por tentar ver jogo de vôlei. 

Segundo a sentença as leis de segregação proíbem mulheres de assistir eventos esportivos masculinos, informou seu advogado no domingo.


Da Agência Efe
Campanha on-line pede libertação de Ghoncheh Ghavami

                              (Foto: Free Ghoncheh Campaign/AP)
"Hoje, o presidente do tribunal me mostrou a sentença, na qual minha cliente é condenada a um ano de prisão", disse à agência de notícias ILNA Mahmoud Alizadeh Tabataí, o advogado da jovem detida, Ghoncheh Ghavami.
Ghavamí, de 25 anos, estudante de Direito na Universidade de Londres e graduada na Escola de Londres de Estudos Orientais e Africanos (SOAS), foi detida em 20 de junho após ir com várias ativistas dos direitos das mulheres a uma partida da seleção iraniana de vôlei no estádio Azadi de Teerã.
As jovens se manifestaram fora do centro esportivo exigindo liberdade para que as mulheres possam comparecer como público a este tipo de evento.
Várias delas foram detidas pelas Forças de Segurança e liberadas sob fiança após poucas horas, mas Ghavami retornou à delegacia dez dias depois para reivindicar seus objetos pessoais e voltou a ser detida.
 
Ghoncheh foi acusada de 'propaganda contra o Estado'
                             (Foto: Free Ghoncheh Campaign/AP)

Ela é acusada de "propaganda contra o Estado" e passou parte de sua detenção em uma cela de isolamento na prisão de Evin, no norte de Teerã. Segundo a imprensa britânica, ela começou uma greve de fome em 1º de outubro, que durou 14 dias, o que foi negado pelas autoridades judiciais iranianas. Ela foi julgada no dia 14 no Tribunal Revolucionário de Teerã. Sua detenção provocou o início de uma campanha internacional exigindo sua libertação.

A plataforma www.change.org recebeu uma campanha intitulada #FreeGhonchehGhavami (Libertem Ghoncheh Ghavami), já assinada por mais de 700 mil pessoas e a organização Anistia Internacional também pede sua libertação (Fonte: G1.globo.com/mundo)

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