Salve. Breve nota sobre a troca de comando no Supremo Tribunal Federal. O que esperar da gestão Fux?
Não haverá inquérito inconstitucional sendo o STF vítima, persecutor e juiz. Isto porque o ministro Luiz Fux, emérito processualista, é Doutor em Direito Processual, e não perpetrará nenhuma barbaridade neste campo.
No discurso de posse deixou claro seu posicionamento de combate à corrupção e apoio à Operação Lava-Jato.
No mais, para os jurisdicionados 50 minutos de discurso é muito tempo, e ficam dispensadas também as infindáveis citações lítero-musicais. É a velha criatividade brasileira que aflora nestes momentos. Não precisa mesmo. Fica proposto que os ocupantes de cargos oficiais façam orações breves e não saiam um milímetro do objeto do seu mister. Citação, permitida uma, e de jurista de renome ou personagem da história. Assim fica de bom tamanho. Para não acontecer o que se passou no discurso-homenagem que o ministro Toffoli sofreu na sua saída.
Foi inesquecível, o ministro Humberto Martins, recém alçado à presidência do STJ, com a máscara quase caindo, deixando antever seu bigode e se esmerando na gesticulação. Especialmente naquele trecho em que falou sobre juízes de mãos dadas e deu-se as próprias mãos em frente ao rosto. Impressionante. O Professor Silveira Bueno não aprovaria o gesto que acompanhou a frase, óbvio demais.
Como não podia deixar de ser, citou o eterno "bom combate" de Paulo, que segundo Martins, Toffoli combateu. A certa altura disse: "Toffoli é povo". O ghost writer exagerou na dose. É de se reconhecer os nervos de aço do orador, pois, enquanto discursava a Polícia Federal fazia buscas no escritório do filho, advogado.
Salve.
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