quarta-feira, 2 de julho de 2014

Na despedida o silêncio fala por si

O Supremo Tribunal Federal encerrou nesta terça-feira (1/7) sua última sessão antes do recesso sem que o ministro Joaquim Barbosa, presidente da corte fizesse qualquer menção à sua aposentadoria precoce ou se despedisse dos seus pares.
Foi quebrada a tradição. Na última sessão de Peluso, o decano da cote, ministro Celso de Mello disse ser “lamentável que, não só o Poder Judiciário, mas esse país venha ficar privado de figuras eminentes como o ilustre juiz e ministro da Suprema Corte, Cezar Peluso”. De Ayres Britto disse: "cujos julgamentos luminosos tiveram impacto decisivo na vida dos cidadãos desta República e das instituições democráticas do país".

Na vez de Joaquim, o silêncio de ambos os lados. O silêncio fala por si. Advogados e juízes não lamentam a saída de Barbosa, mas há quem lamente amargamente sua saída. O povo em geral lamenta a saída daquele visto como paladino da justiça durante o julgamento do mensalão.

Após a mudança da relatoria do mensalão, os condenados da AP 470 receberam autorização para trabalho externo. Eu não disse? Ouve-se por todo o canto dos ferrenhos admiradores de Barbosa. Sim, eles existem e estão amuados.


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