Fechando o ciclo de palestras do curso Sociologia Judiciária, oferecido pela Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef) aos magistrados, a professora e juíza do Trabalho Mônica Sette Lopes falou sobre o papel social do juiz na manhã da última sexta-feira.
Mônica Sette Lopes (Foto Asscom TJMG) |
Citando o texto Ética a Nicômaco,
Como as decisões precisam trazer consigo o convencimento de que estão corretas, devem se ater à essência da coisa. Não devem conter advérbios, adjetivos, agressividade ou ironia. A professora lembra que essas decisões serão reproduzidas pelos destinatários e pelos jornais e tais acréscimos só contribuem para a falta de compreensão do teor das decisões. Ela considera que é preciso explicitar o modo de fazer dos juízes e o seu papel de julgar, instruir, conciliar, administrar e representar a Justiça do Estado. “A decisão fixa uma realidade na vida da pessoa, que pode se sentir injustiçada, não por culpa do juiz, mas porque os fatos não vieram para o processo como deveriam”, afirma.
Além disso, os impactos não são apenas econômicos ou sociais, mas da própria imagem do juiz e da Justiça. “Uma decisão acertada, do ponto de vista normativo, mas que não possa ser executada traz um impacto muito negativo”, assevera a professora.
Mônica Sette Lopes é doutora em direito pela UFMG; professora de filosofia do direito nos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade de Direito da UFMG; juíza da 12ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte; produtora e apresentadora do programa Direito é Música, transmitido pela rádio UFMG e pela rádio Justiça. (Fonte: Assessoria de Comunicação do TJMG)
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