Começamos com um artigo sobre advogadas e mercado de trabalho nos EUA e teminamos em reflexões um tanto domésticas. Afinal tudo está ligado:
"As advogadas americanas não estão apenas tendo um momento difícil em escritórios de grande porte nos dias de hoje, elas estão começando a evitá-los completamente.
Esta é a conclusão Associação Nacional de Mulheres Juristas em pesquisa anual sobre promoção, cujo resultado demonstra que as práticas sexistas no mundo jurídico já conhecidas continuam em voga.
O estudo em uma grande firma de Wall Street mostrou que a avaliação de desempenho das mulheres é subestimada prejudicando sua ascenção. Os dirigentes da firma mesmo não colocando em dúvida o estudo não sentiram necessidade de mudar seus procedimentos.
A pesquisa sugere que este fato está longe de ser um caso isolado. Pela primeira vez desde que a pesquisa começou em 2006, descobriu-se que menos mulheres estão entrando grandes empresas, e que as advogadas são cada vez mais relegadas a papéis de menor relevância.
"Não só as mulheres representam uma porcentagem decrescente de advogados em grandes empresas, elas são mais propensas a ocupar posições - como advogados funcionários, consultores e parceiros de renda fixa de capital - com diminuição de oportunidade de progressão ou a participação na liderança empresa", diz Stephanie Scharf, sócia da Schoeman Updike Kaufman & Scharf.
E a Presidente Heather Giordanella ela própria conselheira ao invés de sócia da Drinker Biddle & Reath acrescenta que o poder masculino em empresas é auto-perpetuar. "As mulheres advogadas já deixam grandes escritórios em um ritmo maior do que seus colegas do sexo masculino", disse ela, "e este esvaziamento, ainda que ligeiro, apenas diminui ainda mais o número de mulheres disponíveis para a promoção."
Desde que a pesquisa também constatou que "as mulheres continuam a ser significativamente sub-representadas nos escalões de liderança" das empresas, a situação desanimadora para as mulheres em grandes empresas parece improvável para melhorar tão cedo.” (Publicado pela Thomson Reuters - 10 de novembro de 2011 – Fonte Migalhas).
Desde que a pesquisa também constatou que "as mulheres continuam a ser significativamente sub-representadas nos escalões de liderança" das empresas, a situação desanimadora para as mulheres em grandes empresas parece improvável para melhorar tão cedo.” (Publicado pela Thomson Reuters - 10 de novembro de 2011 – Fonte Migalhas).
Comentário do blog: Já vimos este filme, é bem velho mas continua em cartaz e continuará por um muito tempo.
As advogadas americanas perceberam que as regras corporativas não são as mesmas para homens e mulheres e decerto cansaram de pagar a conta alta da perfeição encarnada na forma de executiva/mulher/mãe.
Vejam o recente e lúcido comentário de Marina Colasanti na crônica sobre o cartaz do novo filme da atriz Sarah Jessica Parker (Sex and the City), no Jornal Estado de Minas.
Aqui nos trópicos Rosyska Darcy já cantou esta pedra. O tempo e a distribuição de tarefas domésticas. Sim, a casa repercute, ressoa e retumba no trabalho. Há a linha de frente e a retaguarda neste campo de batalha do mercado e da vida moderna.
Os cabos (o começo da ascenção militar) se cansaram e deram adeus às armas?
“O tempo devora tudo”, ficamos com um pouco de filosofia nesta véspera de feriado, para gáudio de uns e desânimo de outras, aquelas que atuam na linha de frente e na retaguarda nestes dias de lazer e descanso, quando o trabalho doméstico será acirrado sem contar com a ajuda remunerada, que estará, justamente, desfrutando do ócio devido.
Às mulheres/mães/trabalhadoras e advogadas em geral que não poderão ausentar-se para a casa de campo ou praia, nem mesmo à cidade histórica mais próxima, força! O feriado vai passar.
Rosyska Darcy voltará ao blog com as necessárias reflexões sobre o tempo, as mulheres e as tarefas da vida.
Sem filosofia, não dá. Até!
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