Na fila do cartório. "Usucampeão" já ouvi aqui hoje duas vezes. O lugar é acanhado mas as taxas de registro são altíssimas. Pelo preço deveriam nos receber com tapetes, sofá e ar condicionado, café e balas personalizadas. Assim, o susto seria amenizado. Diante da surpresa do valor cobrado por um simples ato de registro e um pedaço de papel, me indicam, a Tabela de Custas e Emolumentos da Corregedoria de Justiça emoldurada na parede. O único ornamento além daquele quadro medonho.
O cliente, contrariado paga a conta, afinal, quem não registra não é dono. Mas a advogada não se conforma.
É a derrama moderna? É um feudo este negócio? Como será que funciona nos outros países? - divaga alguém na fila. Deveria ser um serviço público. Concordamos todos. Um "boy" que está sendo atendido resolve ajudar um amigo na fila e entrega os papéis do colega à funcionária, mas é duramente repreendido pela fila e volta atrás.
Aqui também não se aceita cheque, só do interessado, do contrário, dinheiro vivo, vivíssimo. Vivos temos que ficar nós nestes trópicos.
Bravo. Parabéns pelo comentário.
ResponderExcluirE uma questão:
porque o valor do imóvel reflete na remuneração (custas e emolumentos) dos Cartórios? O ato a ser praticado não é o mesmo? POrque o tabellião deve "receber" mais por causa do valor do imóvel?
A tabela deveria remunerar apenas o ato cartoral. Ou não?
Helder - Montes Claros
Prezado Helder, muito bem pensado seu comentário.
ResponderExcluirNós brasileiros precisamos sair do estado de letargia cívica. E o início é esse, começar a perguntar o porquê de privilégios numa sociedade tão desigual. Seja bem vindo ao blog! Valéria Veloso
Parabéns pelo blog! Adoro seus comentários! Luciana
ResponderExcluirConcordo no tocante ao atendimento e estrutura. Se o exercício da atividade cartorária parte de delegação do Poder Estatal, deveria haver uma legislação, portaria, sei lá, no mínimo um regulamento que faça o titular em exercício oferecer ao cliente uma contraprestação de qualidade e conforto. No tocante aos emolumentos, quem está na atividade sabe o custo operacional para manter a serventia, funcionários, bem como do repasse de 40% dos recebimentos para o Estado, fora o imposto de renda. (Wander - Advogado e Serventuário da Justiça em BHte,MG).
ResponderExcluirWander, grata pelo seu comentário e informações esclarecedoras. O repasse de 40% por cento dos emolumentos ao Estado e ainda o imposto de renda confirmam nossa comparação com a Derrama. Nossos impostos são altíssimos e a contraprestação do Estado nem por isso. Seja bem vindo ao Blog, volte sempre! Valéria Veloso
ResponderExcluir