Fica instituída hoje a sexta-feira cívico-literária. Que poderá acontecer, ou não. Em tempos líquidos e de pandemia tudo está sujeito a alterações bruscas de percurso. Não seria diferente com a sexta cívico-literária. Poderá ser só cívica, só literária, ambas ou nenhuma, a depender da força maior em curso.
Pois, não é que a postagem já estava
publicada quando nesta manhã o governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel foi afastado do cargo pelo STJ. E presos seis investigados ligados a
ele.
Superada a página policial nos altos
cargos da República é hora da parte cívico-literária, que coincidentemente
trata da mesma matéria, a página policial nos altos cargos da República.
Sexta Cívico-literária
No caminho onde passo há três bandeiras
do Brasil pendendo de janelas, patriotas, penso. E por imediata associação de
ideias vêm à mente e declamo sozinha os versos do vate baiano, Castro
Alves, Auriverde pendão da minha terra, que a brisa do Brasil beija e
balança[1].
Por associação imediata, no que
se refere a monstros baianos, ele, Rui, colega das Arcadas de Castro
Alves: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a
desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os
poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da
honra, a ter vergonha de ser honesto... (Muito bem). Essa foi a obra da
República nos últimos anos". Obras Completas de Rui Barbosa. “Discursos
Parlamentares”. Vol. 41, t. 3, 1914, p. 69-97. Íntegra do discurso no Senado.
Em 1914 o Brasil tinha no Senado Rui
Barbosa, hoje, bem..., vamos em frente.
[1] Auriverde pendão de minha
terra
Que
a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte
que a luz do sol encerra
E
as promessas divinas de esperança.
(Navio
Negreiro, Antônio de Castro Alves).
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