terça-feira, 1 de abril de 2014

Encontro pungente no fórum

Choveu bastante hoje na capital dos mineiros. Entre uma enxurrada e outra passamos muitas horas dentro do fórum, e pudemos divisar algumas coisas. Uma delas é sobre advogados que não manuseiam os autos. Perdem a chance de saber coisas pra lá de importantes. Por exemplo, nosso ex-adverso, saberá ele que juntou ou mandou juntar trocentas petições repetidas, por fax e papel timbrado, e petições que deveriam estar em outros processos? Saberá ele que deve ter perdido prazo para especificação de provas em outro processo? Esse negócio de copiar e colar é um perigo.

Enquanto nos divertíamos com a barafunda de petições estranhas ao processo (impressionantemente, isso diverte um advogado. Como é que pode?) É simples, é o estranhamento. O que isso está fazendo aqui? Cabeças vão rolar em determinado escritório ...

Descobrimos também que o magistrado não leu detidamente os autos. Só pode. Do contrário, como indeferir a óbvia e ululante (para lembrar Nelson Rodrigues) denunciação à lide? Vamos poupar nossos leitores leigos de detalhes, são apenas divagações... E ainda dizer que só vai servir para atrasar o feito...

Constatamos novamente que nosso ex-adverso, infelizmente, é chegado à prolixidade, e tome laudas e laudas, para dizer exatamente o quê?

É claro que tantas conclusões não foram tiradas no balcão do cartório, acotovelando-se os advogados. Estávamos na grande mesa da Sala da OAB no Fórum Lafayette, Edifício Milton Campos, que tem até tv de plasma, poltronas, café, consulta ao SISCOM com senha e internet.  Com chuva, então, estava lotada.

Enquanto destrinchávamos o  processo na grande mesa para instruir um agravo, compulsoriamente, presenciamos o encontro muito aguardado de jovem  conselheiro federal com o chamado baixo clero da classe. Só podia ser. Tamanha subserviência só pode vir do baixo clero. Foi pungente.

Queridos leitores às vezes escrevem reclamando da falta de informações detalhadas, de textos herméticos demais. Desta vez não é nem de propósito, é certo que o motivo era político, teve foto, discurso de tom laudatório, mais não pudemos saber, havia laudas demais e tempo de menos. E a subserviência, o tom laudatório ..., ai.

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