Amanhã às 11:00h haverá reunião solene de descerramento de retrato na Faculdade de Direito da UFMG, também conhecida como a Vetusta Casa de Afonso Pena, ou simplesmente "a Vetusta".
O retrato é de aluno falecido durante o curso de direito em 1929, ano da sua formatura.
Trata-se de do poeta Ascânio Lopes, um dos fundadores da revista Verde, um dos ícones do Movimento Modernista.
Com ele morreu também a revista. Sendo a última edição, de número 6, em homenagem ao poeta falecido.
Na derradeira edição Carlos Drummond de Andrade em uma crônica revela que o promissor poeta foi, porém, mau aluno; mas elogiou o esforço, a "pachorra" de frequentar o curso de direito.
Ele que conseguiu cursar farmácia, não por escolha, mas por facilidades burocráticas, pois, expulso do Colégio Jesuíta em Nova Friburgo por "insubordinação mental" não possuía o diploma do curso secundário, além do que o curso de farmácia era o mais breve, três anos. Da expulsão guardou mágoa por toda a vida: "Perdi a fé. Perdi tempo. E sobretudo perdi a confiança na justiça dos que me julgavam. Mas fiz alguns amigos inesquecíveis."
O que releva no homenageado não é o brilhantismo acadêmico. Nada importa para a História. Mas sim o arrojo, o promissor talento do "Verde" Ascânio Lopes.
O cineasta Humberto Mauro (de paletó cinza, debruçado na escada) recebe os jovens da "Verde" durante a filmagem de "Sangue Mineiro". |
[Parabéns Dra. Valéria.
ResponderExcluirParticipei ao seu lado e de outros ilustres Juristas da justa homenagem ao ilustre Poeta que enobrece ao lado de tantos a minha esquecida Zona da Mata.