Adoraríamos, sinceramente, daríamos a quarta parte do nosso reino para estar na sala do Ministério Público e presenciar a leitura da cota a ele endereçada e lançada com exclamações e grifos nos autos. Deve ter sido algo. Não saberemos jamais. Gostaríamos muito, em sequência, de ler algum dia uma cota ministerial nos seguintes termos: com efeito, nos equivocamos, aliás, equivocamo-nos. Tsc, tsc, tsc. Não queremos, longe de nós, aumentar as chamas da fogueira entre advogados e promotores. Nada disso, temos diletos amigos lá, quiçá leitores. Ou tínhamos até a data de hoje. Nem uma linha sobre as patacoadas, digo, equívocos perpetrados que bagunçaram o coreto do processo. Até que tentou inovar, em outra linha, mais suposições... E se... vai que sucede... o MP já terá antevisto e se pronunciado. Isso é que é competência.
Mas foi atalhado, finalmente, pela decisão judicial.
Teria sido assaz interessante também acompanhar a prolação da decisão pelo juiz, ah seria... Daríamos até a outra quarta parte do nosso reino para assistir. Jamais saberemos. Podemos só imaginar o que antecedeu aquela pequenina frase: tem razão a inventariante. Ora, ora, já não era sem tempo.
Dirão os leitores apaziguadores: o MP só está fazendo o seu papel. Lesse os autos, dizemos nós.
Enquanto redigimos estas linhas recebemos mensagem alarmante do interior de Minas, Ministério Público procederá a acareação entre diretoria e corpo clínico de hospital. Qual é mesmo o papel do Ministério Público? É polícia? Pode investigar? Pode distribuir pena? Sob pena de se converter em um super poder, justiceiro, que invade esferas de competência alheia. Em nome de que, mesmo? Justiça? É discussão para mais de metro.
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