terça-feira, 18 de setembro de 2018
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Estado de insegurança
O voto de Fachin no RC nº 060090350
Ainda em estado de perplexidade com o voto solitário do ministro
Fachin no julgamento do Registro de Candidatura nº 060090350 - BRASÍLIA –
DF, sendo relator o ministro Luís Barroso, no TSE.
O que dizer de um voto que reconhece qualquer poder a uma opinião,
Parecer, que seja, de comitê extraoficial da ONU sobre questão eleitoral? O que
dizer de um voto que contraria lei federal sancionada pelo próprio candidato ao
registro quando na presidência da República? A chamada Lei da Ficha Limpa.
Foi na madrugada do dia 1º de setembro. Parece que ele levou umas
duas horas para ler as 22 páginas do seu voto. Haja criatividade. Ainda não há
acórdão lavrado, informa comunicado do TSE e envia os interessados para o áudio
completo do julgamento em quatro módulos. Alguém se habilita?
O ministro reconheceu
que o petista está inelegível por força da Lei da Ficha Limpa, mas ressalvou
que a decisão liminar da ONU garante o direito de Lula concorrer.
Impressionante. Está inelegível, mas, pode concorrer. Sei.
Sabe-se que papel aceita
qualquer coisa. But, nós
jurisdicionados, não. É um exercício classificar tal decisão segundo doutrina.
Seria um ato nulo, anulável ou inexistente? Seria teratológica a decisão?
Até o momento recebe a
classificação de assustadora. E não se falou mais dela, a decisão, mas não será esquecida.
Sempre lembrada como o fatiamento da Constituição pelo Ministro Lewandowsky no
julgamento do impeachment de Dilma.
O incêndio do Museu Nacional
Em seguida veio o
trágico incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro. O registro da nossa
história virou pó, e não só, coleções de material de pesquisa. Há o caso de
pesquisador que entrou no prédio em chamas para salvar coleção de moluscos, objeto
de pesquisa de sua vida inteira.
Resultado do descaso com
a história e a educação. Retrato do que somos como nação? Amanhecemos mais uma
vez enxovalhados diante do planeta.
Mas não acabou.
O atentado ao candidato Jair Bolsonaro
Ato contínuo, o atentado
à faca sofrido pelo candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro, em passeata
em Juiz de Fora/MG foi acompanhado via internet. A imagem do momento da
violenta agressão foi exibida repetidamente, à exaustão pelos veículos de
comunicação. Mais perplexidade. Voltamos quarenta e oito anos no tempo? Ainda
se faz isso no Brasil? A sina de republiqueta nos persegue. Por que exatamente
48 anos? Estará se perguntando o cismado leitor. Em 1970 Olímpio Campos,
prefeito de São João da Ponte/MG, foi assassinado a tiros na cidade de Montes
Claros/MG num comício durante campanha política. Os comícios eram feitos em
cima da carroceria de um caminhão em praça pública. Era um dos últimos coronéis.
Posse de Dias Tófolli na presidência do STF
Os três tópicos acima
têm em comum a insegurança. E sob várias formas, jurídica, administrativa e
política. De mãos dadas com o retrocesso. E hoje toma posse no STF o ministro
Dias Toffoli.
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