quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
A sociedade do espetáculo
A sociedade do espetáculo chegou finalmente à tribuna dos advogados no TJMG.
Foi o que pensei enquanto lia no monitor à disposição dos advogados o acórdão de julgamento naquela tarde.
Lia e ouvia um jovem advogado na tribuna, tão à vontade que quis compartilhar com os julgadores suas impressões sobre filmes de tribunal, etc.. O moço passou das medidas, falou bastante de si mesmo. O que isso importaria no julgamento da causa? Rigorosamente nada.
Embora estivessem os desembargadores impassíveis, era perceptível que preferiam passar sem conhecer os gostos e impressões do advogado.
Como se explica o número na tribuna naquela tarde? A sociedade do espetáculo. É possível que após o julgamento o rapaz tenha tirado uma selfie e postado incontinenti no Facebook e Instagram. Crente que estava abafando.
Reparei também que os novos plenários na nova sede perdem feio para o antigo prédio. Modernos, monocromáticos, sem calor. Como um filme em preto e branco.
Lido o acórdão, era hora de rumar para o outro lado da cidade, lá onde agora estão as varas cíveis.
Compartilho com os colegas que desejam se livrar da revista dos guardas que o ideal é chegar quase no fim do expediente.
Foi o que aconteceu, nessa hora do lusco-fusco os ânimos já estão arrefecidos, o movimento é pouco, e as normas já não estão valendo tanto.
Sim, a porta sensora apitou mas entrei tão apressada e confiante e carregando aquele cartão com a logomarca do TJMG, que os guardas olharam para o cartão, se entreolharam, e eu já estava lá na cancela para alcançar o elevador.
Outro fato notável do dia foi conseguir conclusão dos autos a jato e sem a informação processual impressa em mãos. Só um papelzinho com o número do processo anotado e informações verbais. Tentem isso em horário comum e com o balcão cheio e levarão um pito dos servidores, as normas, afinal.
Urgências acontecem e para elas, há sempre a boa vontade dos servidores. Mas não acabou, mais dois lances de escada para bater na porta da assessoria do juiz e avisar da conclusão e pedir prioridade.
Como diz o Dr. Jorge Moisés, o advogado é um pedinte. É o que fazemos todo o tempo, pedir, pedir.
Lido o acórdão, era hora de rumar para o outro lado da cidade, lá onde agora estão as varas cíveis.
Compartilho com os colegas que desejam se livrar da revista dos guardas que o ideal é chegar quase no fim do expediente.
Foi o que aconteceu, nessa hora do lusco-fusco os ânimos já estão arrefecidos, o movimento é pouco, e as normas já não estão valendo tanto.
Sim, a porta sensora apitou mas entrei tão apressada e confiante e carregando aquele cartão com a logomarca do TJMG, que os guardas olharam para o cartão, se entreolharam, e eu já estava lá na cancela para alcançar o elevador.
Outro fato notável do dia foi conseguir conclusão dos autos a jato e sem a informação processual impressa em mãos. Só um papelzinho com o número do processo anotado e informações verbais. Tentem isso em horário comum e com o balcão cheio e levarão um pito dos servidores, as normas, afinal.
Urgências acontecem e para elas, há sempre a boa vontade dos servidores. Mas não acabou, mais dois lances de escada para bater na porta da assessoria do juiz e avisar da conclusão e pedir prioridade.
Como diz o Dr. Jorge Moisés, o advogado é um pedinte. É o que fazemos todo o tempo, pedir, pedir.
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